quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Melhorando a biomecânica da corrida com EDUCATIVO!


A corrida é uma das modalidades esportivas mais simples e naturais, porém ela como esporte em si requer alguma atenção quanto aos movimentos cíclicos e locomoção do corpo de forma coordenada e ritmada. Na biomecânica do movimento, a corrida possui duas fases distintas, que são:

Apoio – contato do pé com o solo

Suspensão – elevação e projeção do corpo para a frente

Mas há um momento entre essas duas fases em que o corpo permanece no ar sem contato com o solo. Assim podemos definir a corrida como uma sucessão de saltos.

Os exercícios de biomecânica podem auxiliá-lo a melhorar a técnica de corrida e, consequentemente, melhorar a performance, sem que para isso você gaste energia desnecessária. Selecionamos dez dos principais exercícios que podem ser úteis e lhe ajudar. Eis a seqüência:

Elevação dos joelhos (skipping alto) - faça 50 metros levantando os joelhos até a altura da cintura, com os braços perpendiculares ao corpo e num ângulo de 90 graus. Os movimentos devem ser ritmados e realizados com muita calma, concentrando-se na execução técnica dos movimentos.

O toque no solo deverá ser executado com a ponta dos pés, os braços devem ser movimentados paralelos ao corpo, em forma de pêndulo (permanecendo num ângulo de 90 graus). Durante a execução do exercício, a cabeça deve permanecer no prolongamento do corpo, o olhar direcionado para a frente, os músculos do rosto e pescoço devem estar descontraídos (assim como todos os membros do corpo).

As mãos devem ficar semi-abertas e relaxadas (como na caminhada).

Elevação dos calcanhares (skipping atrás) - repita o movimento anterior, mas dessa vez encostando os calcanhares nos glúteos. Neste exercício o corpo deve estar ligeiramente inclinado para a frente para facilitar o movimento técnico e deslocação (lembre-se que são exercícios direcionados para a corrida e não para o futebol, em que a cada elevação dos calcanhares há um toque das mãos atrás). Os braços continuam na posição de semiflexionados num ângulo de 90 graus, e os movimentos paralelos ao corpo (balanço para a frente e para trás).

Amplitude de passadas (stride) – neste exercício, unimos os trabalhos de técnica anteriores, ou seja, correr 100 metros de forma natural divididos em 2 vezes 50 metros, sendo a primeira metade com ênfase na amplitude de passadas, elevando os joelhos e projetando o quadril para a frente, com ação enérgica dos braços. Na puxada atrás, as pernas devem fazer o movimento cíclico (calcanhares próximos aos glúteos).

Nos 50 metros seguintes, a corrida deve ser em progressão (a velocidade do esforço deve ser até 90% do esforço máximo. Lembre-se que aceleração não quer dizer velocidade máxima). O objetivo principal deste exercício é concentrar-se na técnica (sincronismo). O toque dos pés no solo deve ser rápido, com projeção do corpo para a frente.

Vale lembrar que diferentes distâncias exige técnicas diferentes, por exemplo, a forma de correr de um atleta especialista em 100 metros rasos difere da de um corredor de maratona (42.195 metros, prova de longa distância do atletismo).

Porém, o ponto em comum entre os dois é a necessidade de possuir uma técnica de corrida eficiente (biomecânica) onde se gaste o menos possível de energia e consequentemente um melhor deslocamento para a frente.

Warm-up: 15´00 de corrida lenta (aquecimento)
Biomecânica: exercícios de técnica de corrida (4 x 50 metros x 50 metros)

1. Skipping baixo (exercício na ponta dos pés com os joelhos baixos)

2. Skipping médio (exercício na ponta dos pés com elevação dos joelhos à meia altura)

3. Skipping alto (exercício na ponta dos pés com elevação dos joelhos até altura da cintura) -

4. Skipping atrás ou anversen (elevação dos pés para trás tocando os calcâneos nos glúteos)

5. Dribling (exercício que exige sincronismo e coordenação dos joelhos até altura da cintura, o movimento é executado mesclando o skipping baixo e o alto)

6. Kick-out (elevação das pernas estendidas à frente), trabalho os músculos de elevação das pernas (iliopsoas)

7. Hopserlauf (um dos exercícios de técnica mais completo, muito usado pelos velocistas, exige noção de tempo e sincronismo), é um trabalho que deve ser feita com a máxima atenção e cuidado do praticante, pois, se o mesmo não souber amortecer o impacto do salto nas pontas dos pés, poderá sobrecarregar os joelhos.

8. Cycling (imita o movimento do peladar), é um exercício que solicita os músculos inferiores do abdome e, muita coordenação, assim como noção de tempo do praticante; é um exercício para atletas com força nas pernas, abdome e braços.
EDUCA
9. Amplitude de passaTIVOdas ou Stride para os velocistas americanos ( 50 metros de corrida com amplitude de passadas

10. Aceleração ou velocidade progressiva (é um excelente exercício para aprimorar a freqüência das passadas, coordenação e velocidade), mas, também exige atenção no momento de executar, comece devagar e vá aumentando a velocidade até no máximo 90% de sua atual capacidade física – jamais dê o máximo, lembre-se que o objetivo é melhorar sua biomecânica de corrida.

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